Spotify entra na onda das big techs e anuncia a demissão de 6% dos funcionários

Corte deve atingir mais de 500 empregados da plataforma de streaming; CEO Daniel Ek assumiu responsabilidade pelas dispensas
Spotify anuncia a demissão de mais de 500 empregados
Anúncio de demissão do Spotify deve atingir mais de 500 empregados (crédito: Freepik)

A plataforma de streaming de música e podcast Spotify anunciou, nesta segunda-feira, a demissão de aproximadamente 6% dos seus empregados. As notificações de desligamento serão encaminhadas aos funcionários impactados ainda hoje.

O corte deve atingir cerca de 516 trabalhadores, uma vez que a empresa indicou, no ano passado, contar com 8.600 empregados.

“Assumo total responsabilidade pelos movimentos que nos trouxeram até aqui hoje”, escreveu Daniek Ek, CEO do Spotify, em mensagem endereçada aos trabalhadores.

Ek justificou as dispensas citando o ambiente econômico desafiador. Segundo o CEO, a empresa sueca tem se esforçado para ser mais eficiência, reduzir custos e aprimorar a tomada de decisão. Por isso, decidiu reestruturar a companhia.

Além disso, o diretor executivo afirmou que, “como muitos outros líderes, esperava sustentar os fortes ventos favoráveis da pandemia e acreditava que nossos amplos negócios globais” não seriam significativamente impactados pela desaceleração do mercado de anúncios.

“Como parte desse esforço e para alinhar nossos custos, tomamos a difícil, mas necessária, decisão de reduzir nosso número de funcionários”, destacou. “Como vocês bem sabem, nos últimos meses fizemos um esforço considerável para conter custos, mas simplesmente não foi suficiente”, complementou o CEO.

De acordo com a empresa, os funcionários dispensados receberão aproximadamente cinco meses de indenização e todas as férias acumuladas. O Spotify também se comprometeu a cobrir o seguro saúde dos empregos durante o período de desligamento, prover suporte aos imigrantes e apoio para serviços de recolocação no mercado de trabalho.

DESEMPREGO NO SETOR

As demissões anunciadas pela plataforma de streaming de áudio não são isoladas. Nos últimos meses, diversas empresas de tecnologia, incluindo as big techs, reduziram o quadro funcional.

Na semana passada, a Microsoft anunciou a demissão de 10 mil empregados. Dois dias depois, foi a vez do Google informar que dispensaria 12 mil trabalhadores em todo o mundo.

Até aqui, entre as grandes empresas do setor, o maior corte foi anunciado pelo Amazon, cujas demissões atingiram mais de 18 mil pessoas.

A onda de demissão começou ainda em 2022. Em novembro do ano passado, a Meta, proprietário do Facebook e do Instagram, reduziu o quadro funcional em 11 mil trabalhadores, enquanto o Twitter cortou metade de sua força de trabalho (aproximadamente 3.500 funcionários).

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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