Setor de serviço recua 0,2% em fevereiro

Inflação e desemprego elevado são desafios ao desempenho da atividade, que registra segunda queda consecutiva, diz IBGE.
Setor de serviço recua 0,2% em fevereiro - Crédito: Freepik
Crédito: Freepik

O volume do setor de serviços do Brasil recuou 0,2% em fevereiro em relação a janeiro e teve avanço de 7,4% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, registrando a segunda queda consecutiva conforme divulgou nesta terça-feira, 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O setor permanece acima do nível pré-pandemia (com alta de 5,4%), mas agora apresenta desempenho inferior  em relação a fevereiro de 2020.

O número veio aquém das expectativas de analistas do mercado, que esperavam uma alta de 0,8%, segundo divulgou a Reuters.

Analistas consideram que a perspectiva para o setor de serviços em 2022 não é das melhores, em função do desempenho do cenário macroeconômico somado à inflação de dois dígitos, alta de juros e desemprego elevado. I

Das cinco atividades investigadas pela pesquisa, duas tiveram retração em fevereiro: serviços de informação e comunicação, que recuou 1,2%, e outros serviços, com queda de 0,9%

A retração da atividade de serviços de informação e comunicação foi puxada pelo segmento de telecomunicações, que caiu 2,8% no mês e se encontra abaixo do patamar pré-pandemia. Já a atividade de outros serviços, que registrou a segunda queda consecutiva, teve seu desempenho puxado para baixo em razão do segmento de coleta de resíduos não perigosos.

Os serviços prestados às famílias, que incluem restaurantes, bares e hotéis, avançaram 0,1% em fevereiro, mas ainda amargam uma distância do patamar pré-pandemia: se encontram 14,1% abaixo do nível daquele período.

Transporte em alta

O segmento de transporte foi o que mais cresceu em fevereiro, 2%, impulsionado pelo transporte rodoviário e ferroviário de carga. Enquanto os serviços profissionais, administrativos e complementares cresceram 1,4%, sendo o quarto resultado positivo consecutivo. O segmento foi impulsionado pela receita maior obtida pelas empresas que atuam com locação de mão de obra temporária, atividades de cobrança e informações cadastrais e locação de automóveis.

Na comparação com fevereiro de 2021, o transporte de passageiros cresceu 32,9% e o de cargas, 13,8%. Já no acumulado do ano, o transporte de passageiros registrou aumento de 34,0%, e o de cargas, 14,1%.

(Com assessoria e agências)

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Redação DMI

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